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Monocromias: expressões e contradições (2007)

Desde a era das cavernas temos usado as cores das mais variadas maneiras, seja no plano simbólico, seja no plano prático. Em síntese, elas tem sido usadas nos mais variados projetos de comunicação de ideias e sentimentos. As cores, tal qual a própria visão, dependem fundamentalmente da presença de luz. Curioso perceber que, se por um lado cada cor é associada a diversos conceitos e símbolos, por outro, cada uma traz dentro de si um pouco da sua própria negação. Juntas podem formar a presença total de luz, o branco, ou a ausência total dela, o preto. No plano simbólico igualmente carregam associações contraditórias que, em última instância, fundamentam a aventura do existir : o ser e o não ser, o sim e o não, o terreno e o etéreo, o positivo e o negativo, a vida e a morte. As imagens deste ensaio tentam traduzir este quase império contemporâneo do visual sobre os demais sentidos, unindo conceitos contraditórios associados às seis cores básicas, que juntas formam todas as demais, além de algumas que são resultados de adições destas primárias, como o branco, o preto, o laranja  e o âmbar.  O ensaio só ganhou a aparência final devido ao trabalho fotográfico tradicional associado ao de manipuladores digitais, que permitiram de maneira muito mais simples do que em tempos passados, as misturas de diversos fragmentos numa só imagem.

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